segunda-feira, 23 de abril de 2012

AS TRÊS GERAÇÕES DO ESTÁDIO INDEPENDÊNCIA

Não estou velho, mas se Deus me der está oportunidade, poderei assistir jogos ou preferencialmente, transmitir jogos no novo estádio Independência. Isso acontecendo estarei tendo o privilégio de assistir jogos nas três gerações do "Gigante do Horto". A primeira vez que estive no estádio Raimundo Sampaio foi no começo da década de 80, acho que 83 ou 84. Naquela época com meus 12 para treze anos gostava de futebol mas muito longe do que é hoje. Fui assistir a um jogo da Copa Itatiaia o meu time o São Bernardo E C enfrentava o time do Pompeia. Não lembro o resultado como também não tenho tanta certeza que o adversário era o Pompeia, também não importava, queria mesmo era sair de casa e passear. Me lembro que o Estádio Independência estava quase que abandonado. Era usado para jogos do seu segundo proprietário (o primeiro foi o Governo do Estado de Minas Gerais), o Sete de Setembro F C, razão pelo qual ganhou o apelido de "Independência" e o nome do seu presidente Raimundo Sampaio. Lembro que de era de cor avermelhada e suas cabines de rádio (se não me engano apenas duas) era de madeira. Acho que também não existia alambrados você chegava do ultimo degrau das arquibancadas e via o gramado "lá em baixo" com a visão totalmente livre. Como também me recordo de arvores onde na segunda geração foi construído os bares e as nova cabines de rádio. Lembro também de um piscina que ficava atrás de onde hoje são os vestiários (não sei se pertencia ao estádio ou propriedade vizinha).
Passados cinco ou seis anos mas precisamente em 1989 retornei ao "Gigante do Horto" desta vez apaixonado pelo futebol. Acompanhado do meu pai, Sr. Lourival, meu grande parceiro de jornadas esportivas, fomos torcer pelo nosso glorioso Atlético Mineiro. Naquele ano o Mineirão estava temporariamente fechado por reforma do seu gramado e os jogos do Campeonato Mineiro foram transferidos para o Independência. De cara nova, totalmente remodelado era muito gostoso assistir jogos. Lá assisti inúmeros jogos do Atlético Mineiro pelo Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Commenbol, este em companhia da minha recém conquistada namorada, hoje minha esposa e grande apoiadora no esporte. O Independência era a Casa do Galo. Lá ele era quase que imbatível. Nunca presenciei uma derrota do Galo jogando no Horto. Quando as coisas não andavam bem para Atlético, o remédio era transferir os jogos para o Independência. O time de 1989 comandado por Jair Pereira tinha como base: João Leite; Zanata, Batista, Luizinho e Paulo Roberto; Eder Lopes, Marquinho, Renato; Robertinho, Gérson, Eder Aleixo. O Cruzeiro ao contrário do Galo não gostava ou acostumava mandar seu jogos no Independência, não tinha a mesma identidade do Galo com aquele estádio. 
No Independência também tive as emoções distintas de ver em 1991 o São Bernardo chegar a grande final da Copa Itatiaia e perder o título para o Minas de Betim perdendo por 4 X 0 e pior ainda, sendo humilhado com  entrada do presidente do Minas com um barriga imensa que havia dito que "se o minas fizesse 4 gols entraria no jogo". Em 1994 tive a felicidade de comemorar a conquista da Copa Itatiaia quando o São Bernardo venceu nos penaltis o Imbatível CAP de Pompéu, no jogo que foi chamado de "a luta de Sansão e Golias".
Bons momentos tive na geração II do Independência, como meu pai, minha esposa, meus amigos. Fiquei emocionado ao visitar o iniciou das obras e ver que aquele estádio de tantas alegrias havia se transformado num imenso buraco, cheio tratores e caminhões. 


















Quarta Feira inicia-se a terceira geração do estádio. Hoje não moro perto do mesmo, mas não desperdiçarei a oportunidade de assistir jogos, quem sabe trabalhar nos jogos e levar agora meus filhos ou até convencer meu pai (que agora não quer saber de futebol) de me acompanhar no luxuoso e maravilhoso estádio Independência ou Arena Independência como esta sendo chamado.

Fotos extraídas de vários sites.

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